O estímulo da venda de Alípio ao Real Madrid, numa fase de transição directiva, abriu caminho a uma aposta ainda mais declarada na formação e na contratação de jovens futebolistas pelo Rio Ave, reconhecida como uma das principais fontes de receita do emblema de Vila do Conde. A equipa profissional é prova desse princípio, olhando para a constituição de mais de metade do plantel abaixo dos 25 anos.
Um episódio entregue à felicidade, facto evidenciado pelo excelente arranque no campeonato - o 4.º lugar e a melhor defesa da Liga assim o dizem... - e acrescido de importância quando, numa visão estendida a todas as provas (nacionais e internacionais), se desconhece outro exemplo sem derrotas entre o mapa de participantes nas competições profissionais em Portugal. Um trajecto invejável, face visível do sucesso de gente jovem e promissora.
O onze que mais vezes posou para a fotografia convoca várias figuras cheias de talento e enquadradas com o modelo de jogador que, nos Arcos, se idealiza para garantir vitórias dentro... e fora das quatro linhas. O central Fábio Faria (20 anos), o lateral-esquerdo Sílvio (22), o médio Vítor Gomes (22) e o extremo Bruno Gama (22) são nomes que já prendem a atenção dos mais endinheirados que ali chegam em missão de espionagem, situação salvaguardada pelos vila-condenses com a assinatura de contratos de longa duração.
Quatro ases que se valorizam na montra da Liga, rentabilizando a estratégia da casa e alimentando a esperança de encaixes financeiros significativos para a realidade do clube.
E o exercício não se esgota nestes craques, olhando para nomes como Adriano (21), Sidnei (22), Tarantini (25), André Vilas Boas (26) e Wires (26), entre outros, só para fazer menção aos que mais vezes foram utilizados.
A afirmação e emancipação dos imberbes talentos é parcela imprescindível nas finanças locais, estratégia amadurecida pelas transferências de Miguelito e Fábio Coentrão, em campanhas anteriores.
Receita provada e aprovada para o futuro, sempre condimentada pela experiência do grupo, numa combinação que vai colhendo os mais rasgados elogios, dado o comportamento da formação de Carlos Brito.